Depoimentos

"Em 2019 nos vimos sem uma casa, sem um local para a gente voar. Estávamos em cinco pessoas, conversando e um dos amigos nossos estava muito triste. Então, bati o martelo, vou criar um sistema pra gente."
Adilson Developer

Nem nos meus mais otimistas dos dias acreditaria que fosse capaz de desenvolver e principalmente manter um sistema online por tanto tempo. Posso dizer que já é uma vitória… O bebê cresceu! - era assim que eu dizia enquanto desenvolvia tudo isso: que o sistema é um bebê e a gente, assim como as mães, não veem a hora de ver o rostinho do bebê.

Eu comecei voar por acaso, para testar a potência do computador. Apesar de ter jogado videogame a minha vida toda, na fase adulta, deixei de lado esse tipo de brincadeira e foquei nos trabalhos. Não sei se digo que iniciei na aviação, pois nem sei como é uma aeronave por dentro, nunca cheguei tão perto de uma. Mas aqui, no simulador, me sinto em casa. O conhecimento de algumas coisas como física, matemática, a tranquilidade psicológica aliada com a velocidade de raciocínio (estimulada lá atrás com os games eletrônicos), me fez alçar esse voo.

Como é gostoso estar rodeado de pessoas unidas em um mesmo objetivo. Como é bom ter amigos e tirar onda com eles, contar minhas vantagens. Isso não me torna maior, nem menor… longe de mim diminuir qualquer um dos meus amigos e até quem não é meu amigo. É tudo uma brincadeira, uma competição sadia onde desafiamos nós mesmos. E a cada conquista, a cada voo bem feito, a evolução pessoal ou de um companheiro, faz valer a pena cada minuto, cada linha de código digitada, cada hora do dia investida em um tutorial e live de instrução.

Já vou agradecendo a todos que estiveram comigo nessa jornada. Aqueles que passaram uma dica, que fizeram uma crítica, que detectaram “bugs” – são muitos!

Poderia citar muita gente, mas sei que esqueceria de algumas, mas vou citar as que começaram o projeto, Nadia, que esteve sempre junto. Ricardo, que faz a assessoria. Oliari, que apesar de ter voado pouco, esteve com a gente, pegou pesado na empreitada. O Tom, aquele menino do “aribus” que voava sem combustível. Os mais profundos agradecimentos.

Não aguento falar da minha carreira como piloto virtual sem lembrar do dia que eu acessei o sistema online pela primeira vez. Quando comecei, só voava offline, não sabia que dava pra brincar online. O dia que tomei coragem e entrei online ouvi o povo chamando um ao outro de “comandante” e eu achava muito engraçado. “Olha os caras dizendo que são comandantes!” rsrs. Mais tarde eu fiquei conhecido como “comandante dilso”. E eu me achava “importantão” diante dos demais. Eu pousava com ILS, eu acionava toda aquela árvore de natal e sirenes enquanto comandava a “kakera”. É kakera mesmo, é assim que a gente chama as aeronaves que a gente gosta.

Já trabalhava com desenvolvimento quando cheguei no simulador de voo. Era comum problemas de queda de conexão, era comum travamentos por falta de máquina, então aquela época era a época mais feliz de todas. Os meninos voavam com o que tinham, ninguém se importavam, se a conexão caísse, entravam de novo e a vida seguia.

Presenciando essa demanda, e o crescimento constante da comunidade, sentimos a necessidade de um servidor dedicado. Trocando ideia com amigos, conseguimos esse objetivo de ter um servidor dedicado. Na época era um luxo, ninguém tinha, só a gente. O servidor dedicado deu presença, melhorou o nosso status na comunidade de forma que outra comunidade se juntou a nossa e era muito bom. Sempre tinha gente voando, muita gente.

As dificuldades foram muitas e as necessidades por ferramentas que facilitasse a gestão do ecossistema como um todo se tornou real. Então, conversando novamente com um amigo, decidi que eu poderia criar um sistema pra gente. Como eu já sabia programar, era só projetar e, mão na massa. Algumas semanas de estudo e outras de desenvolvimento, sai a primeira versão do programa que faria com que nossa presença fosse notada até mesmo fora do Brasil. O programa levava o apelido do meu sobrinho “tuto”, que na época tinha 4 anos.

Francamente falando, eu não ligo pra programa. O que importa, mesmo, é o que a gente faz aqui no VOAR. Eu sempre gostei de ter os amigos, sempre gostei de conversar, de contar as minhas vantagens, sem limite. Gosto de ser livre, gosto de deixar as pessoas livres. O que me importa não é o software, é a galera que utiliza o mesmo. Como sempre falo, programa que ninguém usa é um bolo de código. Então, eu gosto de cultivar os amigos que fiz, mesmo não voando, mesmo não estando junto, porque cada um tem os seus afazeres. Sempre que posso to ali incomodando um ou outro.

Eu sou compositor, eu fiz uma música pra cada amigo. Só não vou pôr a música aqui porque vai ficar muito grande esse texto e ninguém vai ler.

Agora, vamos falar do VOAR.

Em 2019 nos vimos sem uma casa, sem um local para a gente voar. Estávamos em cinco pessoas, conversando e um dos amigos nossos estava muito triste. Então, bati o martelo, vou criar um sistema pra gente. Eu não sabia como ia se chamar, não sabia como seria esse sistema, mas sabia que tinha que ter liberdade, amizade, tecnologia, iteratividade e conectividade.

Essa etapa se passou com a necessidade do nosso amigo que estava triste por que o airbus dele caiu, né, Tom? E, também, as nossas necessidades.

Eu e o Ricardo analisamos o que seria necessário para começarmos, as funcionalidades de companhia aérea, logbook… Eu queria uma pitadinha de competição, queria que os pilotos corressem para superar o outro em pontuação, horas voadas. Então começamos projetar, só que eu não sabia o nome que ia dar para o sistema. No começo pensamos em algo relacionado a voo, e também queria que todos soubessem que aqui é só chegar e voar. Daí eVOAR… que logo entendemos que o nome VOAR seria o ideal. O slogan Estamos voando me inspirei em um filme. Onde a personagem dizia que ela não estava fugindo, estava voando. Também queria deixar claro que as portas estão sempre abertas: VOAR Estamos voando! - O mesmo que “estamos atendendo!”.

Foram horas acordado desenvolvendo, apesar de o VOAR ter iniciado em meados de 2019, meu conhecimento com programas de VOO já beiram a 15 anos. Mesmo com esse conhecimento todo, meu medo de não conseguir tocar esse sistema por um bom tempo me deixou intranquilo… As críticas também, os falatórios, gente que se aproximaram do sistema por curiosidade e não pra simular.

Gosto de deixar o povo sonhar, e eu só acompanho o voo deles, então a necessidade do sistema de carga. Geralmente as pessoas voam com a aeronave vazia, o sistema de carga vem como um desafio a mais. É muito mais difícil pousar pesado. Principalmente se não estiver bem balanceado. Essa ideia de carga partiu do comandante Paredes, o nosso veterano e principal utilizador do sistema. Sim, tem música pra ele também. Inclusive, quando ele chegou no VOAR eu estava cantando uma musiquinha pro Ricardo. Ele disse que pensou que povo doido, cantando essas musiquinhas ai tirando onda. Cabe lembrar também a existência do Rocha, que traz bom conhecimento do assunto, onde, por inúmeras vezes, esclareceu dúvidas sobre o mundo real. Odirlei, que levou muitas machadadas nessa vida, mas aprendeu voar. Rafael – vulgo “caçador de tempestade”, que tá sempre conversando com a gente no grupo. João, Jair e os demais ali que estão sempre ali mantendo viva a existência do grupo. Importante lembrar da contribuição da Nadia com os termos de uso.

Estudei muitas coisas relacionadas à aviação. Não quis me sentir um leigo no assunto, então peguei pra estudar, coisa que eu nunca fiz nesse tempo todo. Estudei sobre cartas, sobre posicionamento, sobre aproximação, aprendi fazer cálculos precisos, procedimentos DME, VOR etc.. Corrigi vícios que adquiri ao longo dos anos e realmente dominei a pilotagem das principais aeronaves do momento.

Nosso grupo no WhatsApp é excelente, algumas pessoas entraram, outras saíram, mas as que permaneceram, entendo que é porque realmente curte a nossa amizade – Nada contra a quem se foi, tenho consideração e se um dia voltar, será bem-vindo novamente.

Jamais pensei que o VOAR fosse ter algum efeito terapêutico, mas relatos apontaram que o voar, a nossa energia, a nossa atmosfera traz melhoria significativa na saúde. Eu mesmo, por vezes triste, vinha ali tirar onda e já ficava de boa.

O programa é a cara do dono, e com o VOAR não é diferente, meti a mesma zoação minha no bot. Se você pousar bem o bot te elogia, mas se você pousar mal, “ai meu deus!”.

É isso, hoje o VOAR foi todo remodelado, simplifiquei algumas coisas e removi outras que não vinha sendo utilizado. Um programa se molda com o tempo conforme as necessidades do usuário. Programa que nunca muda é porque já morreu.

Por mais, sou Adilson, nascido e criado no Mato Grosso, piloto virtual por alguns anos e programador nas horas vagas. Você me entendeu.

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